Mate com história: ex-atletas criam cuias com chuteiras recicladas e viralizam na Argentina

Dois amigos argentinos e ex-jogadores de futebol, Branco Troiano e Leo Morel Zubilaga, uniram suas paixões pelo esporte, arte e design para criar um produto inusitado: cuias de mate feitas com chuteiras usadas por jogadores, incluindo Lionel Messi.

Amigos de Mar del Plata transformam chuteiras recicladas em mates artesanais e projetam expansão internacional do produto

Do futebol ao design, a paixão pelo esporte ganhou uma nova forma nas mãos dos ex-jogadores argentinos Branco Troiano e Leo Morel Zubilaga. Amigos de longa data, que já dividiram vestiário em clubes como Quilmes e Aldosivi, em Mar del Plata, eles criaram um produto inusitado e carregado de significado: mates feitos a partir de chuteiras usadas por jogadores — inclusive Lionel Messi.

A ideia surgiu de uma conversa casual entre os dois. “Amigo, me parece que encontrei um produto bom”, disse Leo. O que parecia apenas uma tentativa ousada se transformou em um projeto original e cheio de identidade. Ao desmontar uma chuteira e reaproveitar seu material para moldar uma cuia de chimarrão, nasceu uma peça única que une arte, memória e cultura futebolística.

O produto, batizado de “mate-botín”, foi lançado na Argentina e já desperta interesse internacional. Nos próximos dias, será iniciada a produção industrial com foco na exportação. “As expectativas só crescem. Esses dias, chegamos até o Chiqui Tapia, na AFA”, conta Branco, animado com a repercussão crescente.

Naturais de Mar del Plata, Branco e Leo seguiram caminhos distintos fora das quatro linhas. Branco, que jogava como zagueiro, formou-se em Comunicação e Sociologia, escreveu dois livros e atuou nas áreas de marketing, docência e imprensa. Leo, ex-centroavante, também se destaca como rapper e designer autodidata.

Com essa fusão de vivências pessoais e criativas, os dois criaram um produto artesanal que carrega história: cada chuteira transformada pode ter vivido momentos marcantes — como um gol importante, uma estreia inesquecível ou uma fase decisiva na carreira de algum jogador. Agora, esses objetos ganham nova vida como cuias que esquentam rodas de conversa e mantêm viva a essência do futebol sul-americano.

“mate-botín”

O chimarrão é uma tradição fortemente presente tanto no Rio Grande do Sul quanto na Argentina. Símbolo de hospitalidade e cultura, a bebida à base de erva-mate ultrapassa gerações e fronteiras, sendo parte do cotidiano de milhões de pessoas. A “mate-botín”, portanto, não é apenas um objeto: é uma homenagem ao futebol, à cultura e à identidade compartilhada entre povos irmãos.

A dupla já vislumbra ações com atletas brasileiros, especialmente no Sul do país, onde a tradição do chimarrão é igualmente enraizada. A ideia é que o projeto cruze fronteiras, conectando ainda mais o futebol, a arte e o mate.

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